André Dias no GOOGLE

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Paraense é o novo autodefensor da Federação das Apaes do País


O jovem paraense André da Veiga Lima Bastos é o novo autodefensor eleito da Federação Nacional das APAES. A escolha para o representante de todas as pessoas com deficiência mental assistidos pelas APAEs, entidades referência no atendimento a esse segmento, aconteceu durante o III Fórum Nacional de Autodefensores das Apaes, dentro do XXII Congresso Nacional das Apaes, realizado em novembro na cidade de João Pessoa(PB), como parte da comemoração pelos 50 anos de trabalhos da Apae no Brasil. O III Fórum Nacional de Autodefenso.res das Apaes reuniu 52 Auto-Defensores estaduais, representantes de 26 estados brasileiros. Concorrendo com 21 colegas de todo o País, André Bastos foi eleito após a realização de uma campanha articulada e executada por ele mesmo. "Minha campanha abortou temas como esporte, cultura e sociabilidade.", conta. A campanha que André pretende empreender pela luta dos direitos dos portadores de deficiência contempla áreas como esporte, cultura e sociabilidade. "Nas minhas propostas incentivei as pessoas com deficiências a procurar emprego em repartições e escolas públicas, e em grandes empresas. Lembrei que eles podem ser independentes, que eles não devem deixar as mães e os pais fazerem tudo por eles. Estimulei a exposição dos trabalhos artísticos produzidos por eles e a prática de esportes como forma de melhorar a concentração e a saúde física e mental", diz André Bastos. O cargo de Autodefensor da Federação das Apaes integra a cúpula do alto conselho da entidade, que fiscaliza e organiza a implementação dos trabalhos dentro de cada uma das unidades municipais apaeanas de atendimento espalhadas pelo Brasil. Para o ocupar o cargo de eleição trienal, André apresenta um extenso currículo em defesa dos direitos das pessoas com de deficiência assistidos pela Apae. Com 34 anos, André trabalha atualmente na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, no gabinete do deputado André Dias. No cargo há 5 anos, André realiza atendimento ao público e ajuda na assessoria de eventos dentro e fora do gabinete. "Meu primeiro emprego foi como faxineiro, e hoje até participo do comercial da Ctbel sobre os passes-livre", diz orgulhoso o Autodefensor eleito da Federação Nacional das Apaes. Ativo e risonho, André pratica natação, sendo o primeiro atleta portador de síndrome de down a atravessar a Baía de Guajará em águas abertas. O jovem já representou o Brasil em competições internacionais em Malta e Madri, na Espanha. "Pratico esportes para mostrar para as pessoas e para aqueles que têm deficiência metal que eles são capazes", revela o rapaz que namora há 7 anos outra portadora da Síndrome de Down, Marilda Ferreira. Os congressos e fóruns realizados neste ano integraram o ano de discussão sobre a condição das pessoas com deficiência mental. Antes da realização do XXII Congresso Nacional das Apaes, estava prevista a realização de um congresso estadual que reuniria os membros das unidades municipais do Movimento das Apae no Pará. O evento deixou de ser realizado em razão do apoio insuficiente. "É muito difícil captarmos recursos. Estava previsto o envio de 50 pessoas entre técnicos e dirigentes das Apaes para o congresso nacional, mas só conseguimos enviar 15. Esses eventos são importantes, pois neles são debatidos assuntos de interesse público, já que a Apae é a maior entidade filantrópica de atendimento às pessoas com deficiências mentais, atendendo pessoas com inúmeras patologias, algumas inclusive de natureza grave, sendo referência em termos de educação especial", diz Emanoel O’ de Almeida Filho, presidente da Federação das Apaes do Estado do Pará.


ESPORTE GERA INCLUSÃO


O Movimento das Apaes agrega mais de 2 mil unidades municipais no Brasil, sendo 29 somente no Pará. Destas, apenas 25 estão em funcionamento. A entidade realiza suas atividades de acordo com temáticas anuais. Com o tema "Vamos quebrar recordes e preconceitos. Inclusão social através do esporte", a entidade pretende dedicar 2006 ao esporte, realizando a olimpíada estadual e participando da olimpíada nacional das Apaes. A Olimpíada Nacional das Apaes será realiza ano que vem, em São Paulo. A competição acontece a cada dois anos, reunindo o melhores atletas dos 26 estados brasileiros. Os vencedores das competições nacionais irão representar o Brasil em competições internacionais. "A meta é desenvolver programas esportivos, com o objetivo de valorizar talentos regionais como o da Paula Danielli, a "Paulinha", atleta paraense com deficiência mental, campeã nacional e membro da seleção brasileira de natação atletas com deficiência mental, que participou do Campeonato Mundial “Globo Games”, promovido pela ILUSAS – FID, em setembro/2004, na cidade de Bollnos – Suécia, revela o presidente Estadual da Federação das Apaes. Em 2007 a entidade pretende estimular a cultura através dos festivais estadual e nacional "Nossa Arte", que contará com manifestações folclóricas, cênicas e musicais das pessoas assistidas pelas Apaes e entidades congêneres do país inteiro. "A Apae prioriza a formação profissional dos portadores de deficiência mental, estimula o desenvolvimento de suas habilidades através de vários cursos como os realizados na APAE de Belém de corte e costura, artesanato, estética, cabeleireiro e reprografia", diz Emanoel O’ de Almeida. "Os cursos deveriam crescer ainda mais. Uma novidade legal seria um curso de serigrafia", comenta André Bastos.


OBJETIVO É INTEGRAR


As Apaes realizam atendimento terapêutico oferecido por psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais, pedagogos e médicos. A Apae de Belém, por exemplo, mantém o Centro de Atendimento Multidisciplinar de Saúde – CAMS, coordenado pelo médico Luiz Santos, que dá atendimento a cerca de 300 pessoas com deficiência, nas diversas modalidades terapêuticas ali oferecidas. A entidade também atua como educadora, ensinado e avaliando o desenvolvimento de crianças portadoras de deficiências mentais, que no futuro serão integradas ao ensino regular. "A cada ano conseguimos reduzir a idade com que elas estão tendo contato com o ensino regular. A idade média de integração era de 12 anos, até meados de 1999. Hoje, na Apae de Belém, é de 6 anos", comemora presidente Estadual da Federação das Apaes. "O grande desafio da Apae para o futuro é levar atendimento qualificado a pessoas com deficiências mentais de todos os municípios. Com advogado, especialista em direito municipal, eu viajo muito pelo interior do Pará, e o que mais se vê nessas áreas são deficientes vagando sem rumo pelas ruas ou sub-utilizados, sendo utilizados para trabalhos penosos", diz Emanoel. Segundo Emanoel, o presidente eleito da Federação Nacional das Apaes, o deputado federal Eduardo Barbosa, está viabilizando uma proposta para que os próprios autodefensores da entidade, portadores de deficiência mental, sejam representantes dos conselhos de pessoas portadores de deficiência, tanto em nível nacional como nos Estados e Municípios onde estes conselhos estejam implantados. "Nossa maior conquista por ocasião do Congresso, além da eleição do André Bastos, foi a eleição de uma representante aqui do Pará para membro da diretoria executiva da Federação Nacional das Apaes, a Alba Rosa Lobato, de Santarém", comemora Emanoel.


PARTICIPAR PARA MUDAR


As Apaes realizam uma série de campanhas com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a causa das pessoas portadoras de deficiência, no intuito de arrecadar recursos financeiros para desenvolver ações que venham favorecer os deficientes em diversos aspectos. Uma delas é o "ApaeNoel", que consiste na venda de bilhetes pelas Apaes e pelas Casas Lotéricas para o sorteio de cinco automóveis 0KM, na última extração da loteria federal deste ano. Neste Natal a entidade também está comercializando cartões natalinos, produzidos a partir da seleção de desenhos feitos por alunos das Apaes, em concursos estadual e nacional. Um dos cartões comercializados este ano foi criado pelo paraense Adenilton Paiva de Barros, aluno da Apae de Itaituba. A entidade também comercializa calendários de mesa e parede, ilustrados por pessoas assistidas pelas Apaes que participam do Concurso Nacional de Cartazes, realizados pela entidade. A Federação das Apaes do Pará também possui um convênio com a Celpa/Rede para recebimento de doações por meio das contas de energia elétrica. Os usuários podem fazer doações assinando o Termo de Adesão, que autoriza a Rede Celpa a cobrança a partir de R$1,00, no pagamento mensal das contas de luz. Informações podem ser obtidas também através do telefone 0800-2832723.
 
Fonte: Jornal AMAZÔNIA HOJE Belém, Domingo, 11 de dezembro de 2005 Caderno Metrópole Pág. 4
*Notícia para arquivo do Site.

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