André Dias no GOOGLE

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Deputados trocam acusações após derrubada de veto

Após a rejeição ao veto da governadora Ana Júlia Carepa sobre o empréstimo de R$ 366 milhões os deputados voltaram falar sobre o caso e trocaram acusações. O veto foi derrubado por 24 votos contra 8. Um deputado se absteve.




A bancada do PT, afirma que a oposição e os demais que votaram foram irresponsáveis, pois com o projeto alterado o empréstimo pode não ocorrer e o Pará pode ficar sem este dinheiro. Já a oposição afirma que a decisão foi correta e garante que o dinheiro, se ele for liberado, tenha a destinação que foi pactuada entre todos os deputados e que pode beneficiar os 143 municípios do Pará.


>> Derrubado veto da governadora sobre megaempréstimo


A deputada Bernadete ten Caten, líder da bancada do PT, afirmou que é uma irresponsabilidade rejeitar o veto da governadora. "Certamente, o clima é de preocupação porque o veto da governadora é baseado na normativa do BNDES que não permite empréstimo seja destinado para despesas de custeio e somente para a capital. Então o projeto veio para cá (Alepa) assim, mas os deputados criaram emendas que somam despesas de custeio. O que o BNDES não aceita. O projeto é para inúmeros convênios, obras não concluídas e outras que precisam ser iniciadas. Nós, da bancadas do Partido dos Trabalhadores, lamentamos profundamente e que agora, cada deputado tem que responder pelos seus atos, pois se obras deixarem de ser realizadas esta Casa terá a sua parcela de responsabilidade", opina a deputada.


Questionada se foi uma decisão política por causa das eleições, a parlamentar deu a entender que sim. "Não posso responder pelos outros, mas certamente há outras motivações por trás dessa decisão. Tem um posicionamento político nesta postura", disse.


OPOSIÇÃO


A oposição comemorou a rejeição ao veto com euforia. O deputado André Dias (PSPB) fez a séria acusação de que o projeto poderia garantir dinheiro para uso eleitoral. "O jeito como o projeto foi votado na Assembleia é fruto de um acordo com os deputados que idealizaram o projeto da forma que seria mais viável para o Pará. Queremos que o projeto não interfira no próximo governo com uma dívida muito grande. Pois este empréstimo é muito grande e que poderia até ser usado em campanha. E o Pará poderia ficar pagando por eleições e não por obras", dispara o deputado.


Sobre a possibilidade o do BNDES negar o projeto, o deputado foi taxativo. "A decisão jurídica do BNDES não se impõe sobre a Lei. Quem faz a Lei são os deputados. Há uma confusão nesse país de que o Executivo pensa que pode fazer lei... que diretor de banco faz lei... que presidente de Estatal faz lei. Quem faz Lei é a Câmara, a Assembleia e o Congresso, os quais representam o povo", afirma. (Diário Online)

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